terça-feira, 19 de outubro de 2010

[Neurobiótica]

Trarei um pouco do que li no livro "Mantenha o seu cérebro vivo" para nossas discussões. Muitos de vocês devem conhecer e gostaria de saber o que pensam sobre.

A partir das descobertas a cerca de geração de novas células cerebrais e conexões neurais ao longo da vida, a Neurobiótica tem como objetivo utilizar essas informações e o conhecimento da neurociência para melhorar a capacidade mental. Sendo assim, a Neurobiótica propõe um programa de exercícios que "oferece ao cérebro experiências fora da rotina ou inesperadas, usando várias combinações de seus sentidos - visão, olfato, tato, paladar e audição -, além do sentido emocional. Estimula padrões de atividade neural que criam mais conexões entre diferentes áreas do cérebro e fazem com que as células nervosas produzam nutrientes naturais do cérebro (neurotrofinas), o que pode aumentar siginificativamente o tamanho e complexidade das dendrites das células nervosas (reestabelecendo conexões perdidas e criando novas)."

Os estímulos sensoriais passam a ser a chave para a criação de novas conexões neuronais, sendo a associação de estímulos diverso o caminho escolhido, pela Neurobiótica, na aquisição de novas informações. Ou seja, ao conhecer um novo objeto o fato de aprender seu nome, ter a oportnuidade de manuseá-lo, entender seu funcionamento, sentir seu cheiro, seria mais eficaz para criar uma 'memória' sobre ele, do que apenas ouvir seu nome, por exemplo. Dessa forma, diferentes áreas cerebrais seriam estimuladas, e ao tentar evocar essa lembrança, posteriormente, o 'aporte' cerebral seria mais extenso.

Um ponto que dificulta a aquisição de novas habilidades, segundo os autores do livro, é o estabelecimento de rotinas rígidas que desencadeiam a diminuição da exploração do ambiente e das possibilidades diversas no fazer. Em contra partida, a emoção atribuida a um fato pode ser facilitador no registro de informações. 

A idéia geral, então, passa a ser 'experimentar o inesperado e mobilizar a ajuda de todos os sentidos ao longo do dia'. Em vista da dificuldade que temos em 'tirar' um tempo para cuidar desse tipo de coisa a proposta é que as mudanças sejam feitas nas nossas atividades habituais. Não todas de uma só vez, nem repetidamente durante os dias, mas sim tentarmos utilizar sentidos que não tem sido tão explorados; combinar sentidos diferentes; concentrar a atenção em atividades, fazendo com que elas sejam divertidas e despertem emoções ou significado pessoal; e tentar transformar algumas das atividades rotineiras em algo mais inesperado, mais incomum.

E vocês, se arriscam? Conseguem por um dia utilizar o mouse do lado contrário ao habitual? Mudam o caminho para o trabalho? Visitam lugares diferentes, como mercados, restaurantes, padarias? Experimentam sabores novos ou relembram os antigos?

Acredito que a busca de novos estímulos, novas formas de vermos coisas cotidianas podem ser no mínimo interessantes para quebrarmos um pouco da rotina. E como terapeutas ocupacionais acredito que muitas idéias podem surgir a partir da leitura desse livro. O que vocês pensam? Tiveram alguma idéia? Quero saber! =]

Um comentário:

  1. Já tentei tocar guitarra com a mão esquerda... mas só para parecer com o Cobain...

    Aprender coisas novas, sobretudo no âmbito acadêmico, fugindo da Psicologia e adentrando outras áreas, é um dos meus passatempos prediletos -- você sabe.

    Parabéns pelo texto, prima. Um abraço.

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